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A memória em Borges: uma análise dos contos "Funes, o Memorioso" e "A Biblioteca de Babel"*

Aqui analisa-se a questão da memória do homem versus a memória dos livros, de modo a debater a questão de que a literatura é feita de memória, da memória do indivíduo, do povo, da língua, da cultura, enfim, é a memória que desencadeia os registros dos livros: cada um contribui do seu lugar, do seu tempo, para a grande constituição de palavras, textos, registros, que Borges intitulou Biblioteca de Babel. O foco da análise será sobre os contos de Jorge Luís Borges e, a partir daí, alguns autores – cujas críticas teóricas vão de encontro ao tema da memória, da leitura e dos registros – contribuirão para desenvolver o ponto de vista pretendido.


Palavras-chave: literatura, texto, memória, Jorge Luis Borges.


In: Revista GGN, 2018.

A memória é a grande alavanca para a vida do ser humano. Ao longo dos tempos, a cultura, as tradições, a língua e, consequentemente, os registros são a prova de que a memória de um povo, de uma geração, fica guardada. Ela fica registrada na memória de seus sucessores, na memória da arquitetura, da literatura, da história, enfim, a memória é a conseqüência e também o fator desencadeador da vida de um indivíduo.

Segundo o próprio Borges (1987), em entrevista registrada no livro O pensamento vivo de Jorge Luis Borges,

a memória é o essencial, posto que a literatura está feita de sonhos e os sonhos se fazem de recordações. Essas recordações podem ser pessoais, podem ser lidas ou, talvez, possam ser herdadas como arquétipos. Em todo caso, a memória é necessária como ponto de partida e, então, vêm as modificações (p. 94).

Com base nisso, pode-se dizer que não só a literatura faz-se a partir da memória, já que esta é desencadeada a partir de recordações, já que é o ponto de partida, mas também cada registro do ser humano. Seja este um registro historiográfico ou literário ou arquitetônico ou artístico, enfim, a memória que o indivíduo tem de determinada coisa, faz com que este indivíduo possa transmitir, refazer, escrever, transcrever, traduzir esta lembrança em algo concreto.

De forma a justificar estas colocações, traça-se um paralelo entre os contos Funes, o Memorioso e A Biblioteca de Babel do escritor Jorge Luis Borges, os quais possibilitam uma análise sobre a questão da memória como essencial, da memória como desencadeadora dos registros de um indivíduo e, também, da memória como maneira de preservar, de guardar a história, a cultura, a língua de um indivíduo, mais ainda, de um povo.

Assim, ao comparar os contos mencionados vislumbra-se um paralelo entre a memória de um homem (em Funes, o Memorioso) e a memória dos livros (em A Biblioteca de Babel), indo ao encontro da própria citação de Borges: de que a literatura é feita de memória, ou seja, para que um livro seja escrito é necessário que ele seja pensado, imaginado e depois tornado real, é necessário que ele seja fruto da memória de um indivíduo. Porém, um indivíduo sozinho não pode lembrar de tudo, um indivíduo precisa ser inteligente a ponto de selecionar os registros de sua memória. Deixa-se para que os livros arquivem tudo, afinal, os livros são as memórias dos seres humanos, dos povos, das línguas, das culturas, enfim, os livros são os registros de todas as coisas imagináveis.



Recriação da Biblioteca de Babel, de Jorge Luis Borges - Jamie Zawinski (Caderno Cultura - OGlobo)

Analisando artigos já escritos sobre os contos mencionados, percebe-se que os dois contos são considerados uma prévia feita por Borges à era da informação, ou principalmente, à era da informática e, consequentemente, da internet, o que de alguma forma é válido também para este trabalho. Funes tinha excesso de informação a seu alcance, ou melhor, ele próprio era excesso de informação. Todos os seres humanos também tem informações excessivas a seu alcance nos dias de hoje, e devem selecionar o que querem saber. Da mesma forma, a biblioteca descrita por Borges no outro conto seria a própria internet, com suas muitas informações disponíveis, algumas semelhantes, outras não. Enfim, cada uma destas versões não deixa de ser válida, porém no presente trabalho, a análise será relacionada à questão do registro como conseqüência da memória, do registro como memória do mundo, da memória como base para as transformações e evoluções das línguas, culturas, histórias, etc. [1]

Inicialmente, ao analisar o conto Funes, o Memorioso destaca-se a questão da seleção de memória como base do conhecimento, do aprendizado do ser humano. Neste conto, Ireneo – o personagem principal – tem sua vida drasticamente mudada. Ele já era um menino “conhecido por algumas peculiaridades como a de não se dar com ninguém e a de saber sempre a hora, como um relógio” (BORGES: 1969). Mas, ao sofrer um acidente e cair de um cavalo, ele fica paralítico e, a partir deste momento, começa a interessar-se pela leitura, pelos livros. Ele dedica seu tempo a ler a respeito de tudo e de tudo que lê apreende as minúcias, cada detalhe ele guarda em sua memória. Um dos livros que lê tem como tema a memória prodigiosa de algumas personagens:

Ireneo começou por enumerar, em latim e espanhol, os casos de memória prodigiosa registrados pela Naturalis historia: Ciro, rei dos persas, que sabia chamar pelo nome todos os soldados de seus exércitos; Metríadates e Eupator, que administrava a justiça dos 22 idiomas de seu império; Simónides, inventor da mnemotecnia; Metrodoro, que professava a arte de repetir com fidelidade o escutado de uma só vez. (BORGES: 1969)

Ou seja, o tema da memória é explícito no próprio conto, o conto é sobre a memória. Porém, esta memória pode, de certa forma, ser considerada não uma memória boa, visto que é uma memória de tudo, é um impedimento de pensar. O que nos leva a atentar para a própria palavra memorioso que qualifica Ireneo Funes, palavra esta que pode justamente ter sido escolhida por Borges para designar o fato de ele não conseguir pensar a respeito das coisas, de não saber escolher entre o que lembrar e o que não lembrar:

Sabia as formas das nuvens austrais do amanhecer de trinta de abril de 1882 e podia compará-los na lembrança às dobras de um livro em pasta espanhola que só havia olhado uma vez e às linhas da espuma que um remo levantou no Rio Negro na véspera da ação de Quebrado. Essas lembranças não eram simples; cada imagem visual estava ligada a sensações musculares, térmicas, etc. Podia reconstruir todos os sonhos, todos os entresonhos. [...] Disse-me: Mais lembranças tenho eu do que todos os homens tiveram desde que o mundo é mundo. E também: Meus sonhos são como a vossa vigília. E também, até a aurora; Minha memória, senhor, é como depósito de lixo. (BORGES: 1969)

Ireneo sabia tudo, sua memória era como um depósito de lixo. Tudo o que outros descartavam ou sequer pensavam em lembrar, as informações que outras pessoas não consideravam, ele guardava, ele registrava.

Segundo o próprio Ireneo, “[...] agora a sua percepção e sua memória eram infalíveis” (BORGES: 1969), tanto que mais uma vez pensa-se nessa incapacidade de escolher o que lembrar, ele apenas lembrava de tudo. E fazia questão de conseguir os livros mais diferentes, inclusive do latim, língua que sequer conhecia. Ireneo, “levava a arrogância ao ponto de simular que era benéfico o golpe que o havia fulminado...” (BORGES: 1969).

Desta maneira, pode-se considerar que Borges faz uma analogia entre este homem que guarda todas as informações e o livro, pois são os livros que têm todos os registros, os livros contêm todas as informações, e também porque era a partir da leitura dos livros que Ireneo retirava as informações que sabia.

De forma semelhante, ao declarar que “o pensado uma só vez já não podia desvanecer-lhe” (BORGES: 1969), Ireneo também pode ser comparado a uma máquina: todo registro uma vez pensado já está registrado, não se desvanece, fica guardado para sempre. “Funes não apenas recordava cada folha de cada árvore de cada monte, mas também cada uma das vezes que a havia percebido ou imaginado” (BORGES: 1969). Cada minúcia era apreendida na memória deste personagem.

Reforçando a ideia de Ireneo Funes ser um memorioso, de sua memória não ser uma memória louvável, admirável, cita-se as palavras do próprio Borges através do narrador do conto:

havia aprendido sem esforço o inglês, o francês, o português, o latim. Suspeito, contudo, que não era muito capaz de pensar. Pensar é esquecer diferenças, é generalizar, abstrair. No mundo abarrotado de Funes não havia senão detalhes, quase imediatos (1969).

Funes não era capaz de pensar, o próprio narrador o suspeitava. Funes tinha uma quantidade imensa de informações em sua cabeça e pensar significava esquecer alguns detalhes. Funes sabia todas as minúcias, todos os detalhes. E isso era imediato, sem demora; no momento em que ele desejasse, as informações estavam ali. Como um livro. Como uma máquina.

Como já mencionado anteriormente – com relação à comparação da memória de Funes à internet – Almeida diz que

a memória do homem é naturalmente seletiva, vale dizer, o oposto da saturação informativa da Internet e dos tempos modernos. Uma saturação que nos remete novamente ao personagem Funes, que por tudo recordar, era incapaz de pensar.

A memória de Funes era quase como que a de uma máquina, ou a da internet dos dias de hoje: registrava tudo. A memória de Funes era saturada, diferentemente da memória de um indivíduo comum que seleciona o que lembrar.

Um indivíduo não pode ser um livro, nem uma máquina. O ser humano não pode lembrar de tudo como os livros. “Ireneo Funes morreu em 1889, de uma congestão pulmonar” (BORGES: 1969). Ireneo guardava tanta informação que isto o sufocou. Morrer de uma congestão pulmonar reforça a idéia de que a memória dos seres humanos é limitada, a memória de um indivíduo deve selecionar as lembranças, deve registrar somente informações fundamentais.

Segundo Fischer (2007),

[...] as coisas não são tão imediatas. De tudo que vivemos, uma parte muito pequena permanece conosco, na forma de uma lembrança que pode ser mobilizada a qualquer momento, ou sob o aspecto de uma rememoração que nos volta apenas mediante muito esforço [...] (p. 10).

O ser humano registra apenas uma parte muito pequena de tudo que vive e presencia e a lembrança disso pode ser ativada quando desejado. Mas, para Funes os detalhes eram imediatos, tão imediatos quanto os registros de um livro. E este livro pode estar contido na Biblioteca de Babel.

Em A Bilioteca de Babel, o tema da memória não está tão explícito, tão evidente, no conto, a palavra memória não está no conto, como o está em Funes, o Memorioso, mas este conto também discute a questão da memória, que aqui intitular-se-á memória dos livros. A Biblioteca contém tudo, todas as coisas, ou seja, todas as lembranças de todos os homens de todos os tempos:

[...] a Biblioteca é total e [...] suas prateleiras registram todas as possíveis combinações dos vinte e tantos símbolos ortográficos (número, ainda que vastíssimo, não infinito), ou seja, tudo o que é dado expressar: em todos os idiomas. [...] Tudo: a história minuciosa do futuro, as autobiografias dos arcanjos, o catálogo fiel da Biblioteca, milhares e milhares de catálogos falsos, a demonstração da falácia desses catálogos, a demonstração da falácia do catálogo verdadeiro, o evangelho gnóstico de Basilides, o comentário desse evangelho, o comentário do comentário desse evangelho, o relato verídico de sua morte, a versão de cada livro em todas as línguas, as interpolações de cada livro em todos os livros; o tratado que Beda pôde escrever (e não escreveu) sobre a mitologia dos saxões, os livros perdidos de Tácito. (BORGES: 1969)

A Biblioteca é total, nela está tudo o que é possível imaginar, em todas as línguas. Cada coisa – a história, as autobiografias, os catálogos, os evangelhos, os comentários, os relatos, as versões de cada livro em cada língua – está na biblioteca. E tudo o que está contido na biblioteca é fruto da vivência, da memória e das leituras do ser humano. E para que esta memória exista, é necessário que existam os registros, os livros:

Talvez me enganem a velhice e o temor, mas suspeito que a espécie humana – a única – está por extinguir-se e que a Biblioteca perdurará: iluminada, solitária, infinita, perfeitamente imóvel, armada de volumes preciosos, inútil, incorruptível, secreta. [...] A Biblioteca é ilimitada e periódica. Se um eterno viajante a atravessasse em qualquer direção, comprovaria ao fim dos séculos que os mesmos volumes se repetem na mesma desordem (que, reiterada, seria uma ordem: a Ordem). Minha solidão alegra-se com essa elegante esperança. (BORGES: 1969)

Todos os indivíduos de todos os tempos sempre procuraram deixar seus registros: quer em pedras, em livros, ou, o que é muito comum nos dias de hoje, na internet. De alguma forma, as pessoas procuraram deixar suas marcas, seus registros, suas memórias: isso é algo natural do ser humano. E a biblioteca de Babel de Borges pode ser pensada desta forma: ela é tudo o que as criaturas de todos os tempos, de todos os lugares, deixaram de memória, de lembranças, de registros – pois ela é ilimitada – para que estas memórias possam ser acessadas por pessoas de outras épocas e, quando a espécie humana extinguir-se – como prevê Borges em seu conto – ainda haverá as lembranças, os registros.

O próprio Borges, em um ensaio intitulado Del culto de los libros, comenta:

un libro, cualquier libro, es para nosotros, un objeto sagrado; ya Cervantes, que tal vez no escuchaba todo lo que decía la gente, leía hasta “los papeles rotos de las calles”. El fuego, en una de las comedias de Bernard Shaw, amenaza la biblioteca de Alejandría; alguien exclama que arderá la memória de la humanidad (1960, p. 157).

Ou seja, o livro pode ser considerado um objeto sagrado, pois guarda em suas páginas uma história, uma memória, guarda conteúdo precioso, tanto que se uma biblioteca queimar, queimar-se-á a memória da humanidade, conforme cita Borges uma das comédias de Bernard Shaw. O livro é a própria memória da humanidade, todas as lembranças do ser humano podem ser registradas num livro. Esta analogia que Borges faz da queima dos livros com a queima da memória leva a perceber a importância dos livros, das memórias e certo sentimento de lástima, de nostalgia que pode aflorar ao se pensar na possibilidade da extinção dos registros, das memórias contidas nos livros.

Borges também diz que:

acredito na imortalidade. Não na imortalidade pessoal, mas, sim, na cósmica. Permaneceremos imortais. Após nossa morte física, fica nossa memória, permanecem nossos atos, nossas atitudes, toda essa maravilhosa parte da história universal, mesmo que não o saibamos [...]. (CLARET: 1987, p. 94)

Esta imortalidade a que Borges se refere torna-se possível através da memória. E o registro da memória fica nos livros, como o próprio narrador do conto A Biblioteca de Babel sugere: que a biblioteca perdurará, os livros ficarão.

Segundo Piglia (s.d.),

o imaginário se aloja entre o livro e a lâmpada, dizia Foucault, falando de Flaubert. No caso de Borges, o imaginário se instala entre os livros, surge em meio à sucessão simétrica de volumes alinhados nas estantes silenciosas de uma Biblioteca.

Isto reforça mais uma vez a idéia já comentada de que a literatura está relacionada à memória. O imaginário está entre os livros, está nos livros, não apenas num só, em todos, no entre livros. Visto que cada livro provém de uma memória, de uma imaginação, de uma recordação, o imaginário está em todos eles, a memória está em todos eles.

E Piglia, referindo-se a Borges, ainda diz mais sobre os livros:

“a certeza de que tudo está escrito nos anula e nos transforma em fantasmas”, escreve Borges. A metáfora do incêndio da biblioteca é, muitas vezes, em seus textos, uma ilusão noturna e um alívio impossível. Os livros permanecem, perdidos nos profundos corredores circulares. Todos nós, diz Borges, ali nos extraviamos.

Os livros permanecem. Os registros deixados nos livros ficam ali, eles não se esvaem, não somem, simplesmente estão ali e ficarão ali. Os livros são os registros, como já mencionado, dos seres humanos, são os frutos da memória dos indivíduos e a idéia da queima, do extermínio dos livros, é subjetiva e superficial, visto que um livro pode ter várias impressões, as quais chegam aos mais diferentes tipos de leitores e queimar um livro e todas as suas cópias é quase que impossível. Além do mais, “a Biblioteca existe ab aeterno. Dessa verdade cujo corolário imediato é a eternidade futura do mundo, nenhuma mente razoável pode duvidar” (BORGES: 1969).

Assim, só se pode concluir que o livro é o mundo e o mundo é o livro como nos diz Monegal (1980):

[...] se este mundo é um livro, todo livro é o mundo, e desta inocente tautologia, derivam consequências temíveis. Para começar, não há limite de referências. O mundo e o livro trocam eternamente e infinitamente suas imagens refletidas. Este poder indefinido de espelhamento, esta multiplicação cintilante e ilimitada [...] será então tudo o que encontraremos, vertiginosamente, no fundo de nosso desejo de compreender. (p. 21 – 22)

Cada livro é um espelho do mundo, visto que registra a memória deste mundo, que pode não ser todo, mas todos os livros juntos, uma Biblioteca é o mundo em si, e o mundo é o espelho do livro no sentido de que todos os indivíduos compõem sua memória, seu conhecimento a partir da leitura de livros e desta memória, deste conhecimento, ficam as recordações, as lembranças e nasce a memória que gera um novo livro e assim sucessivamente, infinitamente, conforme já sugeria Bakhtin, ao escrever sobre a questão do plurilinguismo, da diversidade de linguagens, da intertextualidade.

Desta forma, ao comparar estes dois contos, a grande questão é que a literatura é feita de memória. Assim como cada indivíduo é resultado, fruto, de sua memória, cada livro é também resultado de memória, da memória do indivíduo, da memória de um povo, de um lugar, de uma língua, etc. Cada indivíduo registra o que lhe é necessário e útil. Aos livros cabe registrar as minúcias, os detalhes, todas as referências necessárias de determinado acontecimento, a memória de tudo.

Concluindo, conforme escreve Borges, no mesmo ensaio já citado, que:

el mundo, según Mallarmé, existe para un libro; según Bloy, somos versículos o palabras o letras de un libro mágico, y esse libro incesante es la única cosa que hay en el mundo: es, mejor dicho, el mundo (1960, p. 162-163).

Pode-se pensar que os indivíduos são os livros que escrevem, já que os livros são os registros da memória de um indivíduo, já que os livros contêm as informações acerca de tudo o que há no Universo, já que através dos livros aprimora-se o conhecimento acerca daquilo que é desejado. Os livros contêm a história de todos os indivíduos, os livros são o mundo. E o livro é a única coisa que perdurará para sempre. Os livros permanecerão. Ou pelo menos, espera-se que assim seja.

E mais ainda, pode-se pensar que tudo o que lemos nos transforma de alguma forma. Consequentemente, nossa memória também se transforma ao longo do tempo com as experiências que temos, com as leituras que fazemos. Deste modo, é necessário que existam estes registros, que estas memórias existam não só para as futuras gerações como para nós mesmos que estamos vivendo o aqui e o agora, para que nós também possamos evoluir em conhecimento, em experiência, e para que possamos deixar os registros do que aprendemos, as lembranças do que vivemos.

REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, Virgílio Fernandes. A memória de Borges. Disponível em <http://www.tanto.com.br/virgiliofernandes.html> Acessado em 08/07/2009.

BAKHTIN, Michael. Questões de literatura e estética. São Paulo: Hucitec, 1988.

BORGES, Jorge Luis. A Biblioteca de Babel. In: ______. Ficções. Porto Alegre: Globo, 1969.

______. Funes, o Memorioso. In: ______. Ficções. Porto Alegre: Globo, 1969.

______. Otras Inquisiciones. Buenos Aires: Emecê Editores, 1960.

______. Ficciones. Buenos Aires: Emecê Editores, 1956.

CLARET, Martin. O pensamento vivo de Jorge Luis Borges. São Paulo: Martin Claret Editores, 1987.

FISCHER, Luís Augusto. No meu tempo – histórias de infância em Porto Alegre. Porto Alegre: Libretos, Studio Clio, 2007.

HENN, Gustavo. Visita orientada à Biblioteca de Babel de Borges. Disponível em <http://extralibris.org/2007/05/visita-orientada-a-biblioteca-da-babel/> Acessado em 08/07/2009.

JURADO, Alicia. Genio y Figura de Jorge Luis Borges. Buenos Aires: Eudeba, 1996.

MONEGAL, Emir R. Borges: uma poética da leitura. São Paulo: Editora Pesrspectiva, 1980.

PIGLIA, Ricardo. O último leitor. Tradução de Heloisa Jahn. Companhia das Letras.

VELLOSO, Felipe. Resenha: Um calabouço de detalhes (Funes, o Memorioso). Disponível em <http://www.ambrosia.com.br/2008/07/31/resenha-um-calabouco-de-detalhes-funes-o-memorioso/> Acessado em 08/07/2009.

[1] Comentário relacionado aos ensaios A memória de Borges, Visita orientada à Biblioteca de Babel de Borges e Resenha: Um calabouço de detalhes (Funes, o Memorioso), entre outros disponíveis na internet.


* Texto publicado na revista Revista de Literatura, História e Memória (Impresso), Unioeste, PR, v. 9, p. 85 - 94, 2013. Disponível em <http://e-revista.unioeste.br/index.php/rlhm/article/view/6365>.

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